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  • 20 / Jul / 2022

O Desafio da armazenagem durante a Supersafra

A safra agrícola que começou a ser plantada no ano passado mostrou superação durante o momento de crise. Com a colaboração do clima e muito trabalho na terra, a expectativa é de aproximadamente 227 milhões de toneladas de grãos ainda este ano, sendo quase metade soja, com 12,8% a mais do que em 2016. Os números são animadores, por outro lado, as dificuldades para armazenagem ficaram evidentes. 

 

A princípio, a carência por locais para armazenagem é sinal que a produção avança mais do que o esperado, mas é um problema frequente nos últimos anos. O Brasil enfrenta dificuldades na área de armazenagem em consequência dessa alta produtividade, mas também da falta de investimentos e safras anteriores ainda estocadas devido ao baixo preço. 

 

Muito grão para pouco espaço.

Essa realidade já presente na maioria dos Estados, chegou também ao Rio Grande do Sul, por exemplo. O setor de armazenagem não suportou a marca recorde de quase 18 milhões de toneladas de soja. Com superação em 15,4%, provocou correria e a necessidade do ingrediente que o brasileiro mais conhece: criatividade. 

 

Os armazéns que serviam de depósito de insumos e outros produtos foram esvaziados para abrigar soja, os silos-bolsa se espalharam pelas fazendas e as cargas foram logo escoadas em direção ao porto de Rio Grande. 

 

Ampliação de capacidade x riscos.  

A falta de armazéns qualificados gera um estresse nas cooperativas, agricultores e cerealistas. A solução mais rápida acaba sendo os piscinões a céu aberto. São verdadeiras estruturas plásticas improvisadas que aumentam o custo extra e são mais propícios à proliferação de microorganismos. 

 

Esse descompasso entre o tamanho da produção e a capacidade de armazenagem não permite o controle correto como nos silos. Essas instalações são devidamente pensadas para o controle correto dos prováveis fungos e insetos, que chegam da lavoura e podem afetar diretamente o grão. 

 

A armazenagem do pós-colheita pode ser ainda mais segura com a adequação dos silos com a linha de portas rápidas RST RP, ideais para a movimentação eficaz, reduzindo a vulnerabilidade aos ventos e chuvas, com funcionamento suave e sem falhas.  

 

Mais conhecimento, mais segurança

Nosso consultor RST, especialista quando o assunto é armazenamento, trouxe mais informações para você ter os devidos cuidados para cada determinadas necessidades. Veja:

 

Grãos, Frutas e Flores

 

Armazenamento da Soja: após a colheita, os grãos continuam vivos e assim respiram. Por respirarem aquecem e se tornam sujeitos a transformações e isso acarreta uma série de preocupações quanto a armazenagem dos produtos. Além de insetos, microrganismos deterioram os grãos armazenados pois utilizam os nutrientes existentes para proliferarem. O aumento da umidade aumenta a deterioração do produto. Outro indicador que implica no percentual de perda do estoque da soja é a temperatura.

 

Em determinados gradientes de temperatura, há uma proliferação acentuada de fungos da mesma forma que aumentam a ação de insetos. Estudos mostram que o grão submetido à temperaturas abaixo de 17°C tem enorme resistência quanto ao ataque de insetos. Grandes centros de estoque estão sendo construídos e abrindo novas oportunidades para a implantação de tecnologias e automação como portas rápidas. Um exemplo é a cooperativa Agro 5 mil que fica em Palotina, Paraná. Existe uma grande concentração de produtores procurando alternativas para a redução de perdas. 

 

Percebemos nessa análise que o controle de umidade e temperatura é fundamental para a qualidade desse produto estocado.

 

Armazenamento de feijão: tanto no caso de feijão para consumo como no de sementes, a variação da qualidade é bem sensível ao armazenamento pois além das perdas devido ao ataque de insetos e roedores, o feijão tem uma característica que necessita de atenção no processo de armazenagem. Em sua composição há dois tipos de água, livre e constituída. A livre é facilmente eliminada pelo calor porém a constituída está fortemente ligada às células. Por sua capacidade de ceder e reter água com o ar que o envolve, a variação dentro da câmara interfere diretamente na qualidade final do produto que modifica sua cor e aumenta a dureza do grão. A recomendação é que a umidade não ultrapasse 13%.

 

Armazenamento de frutas: seguindo a teoria da conservação dos nutrientes dos grãos, as frutas são ainda mais críticas quanto a sua armazenagem. Quando retiradas da planta, as frutas mantém seu processo de conservação pelos próprios nutrientes armazenados no campo. Por estarem vivas, continuam a respirar e transpirar e isso aumenta com a alta temperatura. Desta forma, o grande desafio é adequar as câmaras a cada tipo de fruta com a finalidade de reduzir sua atividade biológica retardando a maturação. A baixa temperatura deve ter uma variação de no máximo 1°C para mais ou para menos e a umidade entre 90% e 95%, com atenção ao tipo de fruta.

 

No horizonte do Brasil, o brilho vem do campo. 

Nos últimos 30, 40 anos, a agricultura brasileira vem com crescimento médio de 4%, mostrando ser uma das mais prósperas do mundo. Programas existentes como o PCA (Plano de Construção de Armazenagem) e o Moderinfra, que pode ser usado para instalação de novos armazéns, são programas e políticas públicas que tendem ser ainda mais incentivados pelo desenvolvimento no setor. 

 

Temos tudo para que o Brasil da porteira para dentro seja ainda mais próspero. Ampliar a capacidade estática, a recepção e a expedição de produtos, melhorar o sistema de pesagem, amostragem e segurança, entre outros quesitos fazem parte dos próximos desafios para valorizar ainda mais o nosso produto de exportação mais importante.